Celebramos no próximo domingo a solenidade de Pentecostes, encerrando na Liturgia o Ciclo Pascal. Pentecostes é uma festa antiga, que já existia no Antigo Testamento. Para Israel, inicialmente era uma festa ligada às colheitas. Mais tarde, tornou-se uma celebração da Aliança, feita no Sinai, que acontecia 50 dias depois da Páscoa.
Na 1ª leitura (At 2,1-11), Lucas apresenta o fato: 50 dias após a Páscoa, fazendo coincidir com o Pentecostes judeu. Vento e fogo são símbolos da manifestação de Deus. Lembram a 1ª aliança realizada no Sinai. Foi em meio a trovões e relâmpagos que as tábuas da lei foram dadas a Moisés. É o oposto de Babel, onde desmoronam as barreiras de línguas e raças para formar um novo povo, onde todos falam a mesma língua: o amor.
Na 2ª leitura (1Cor 12,3b-7.12-13), Paulo afirma que o Espírito Santo é a fonte de onde brota a vida da comunidade cristã. É ele que concede os dons, que enriquecem a comunidade e fortalece a unidade de todos os membros.
No Evangelho (Jo 20,19-23), João apresenta o fato no “anoitecer” do dia da Páscoa. Os Apóstolos estão reunidos de “portas fechadas” por medo das autoridades. Jesus ressuscitado aparece “no meio deles”, deixa a Paz e os envia em Missão. Para isso, “sopra” sobre eles, transmitindo-lhes a “vida nova”, o Espírito Santo. Mas também dá-lhes o Dom do perdão e da reconciliação. O batismo é a nossa Páscoa onde fomos inseridos na igreja; na crisma, recebemos a Plenitude do Espírito Santo, é o nosso Pentecostes.
Estamos colocando os dons que recebemos do Espírito a serviço da Vida?
Bom domingo.
Deus te abençoe.